A sinopse de Knife Music diz: "O livro conta a história de um mulherengo cirurgião de 43 anos, Ted Cogan, lutando para limpar seu nome depois de ser acusado por Hank Madden, um veterano detetive responsável pelas investigações, de estuprar e causar o suicídio de uma jovem." E, para minha tristeza, é exatamente isso que acontece.
Por que decepção? Porque, infelizmente, o detetive Hank Madden, cujas características pareciam tão interessantes para serem exploradas (ele é deficiente e sofreu abuso sexual durante a infância) foi mero coadjuvante na história. "Sim, Thiago. Ele foi coadjuvante porque o protagonista do livro é o Dr. Ted Cogan". Tá, eu sei que o doutor é o protagonista, mas achei que haveria um duelo entre eles. Um tentando provar que o outro estava errado e manter o suspense sobre a culpa ou inocência do acusado até o fim (tá, essa dúvida até que o autor conseguiu manter bem). O que ocorreu foi que só o doutor se defendeu, enquanto o veterano detetive somente o observava correr atrás de pistas e resolver o caso. Ele foi o acusado, o detetive e, forçando um pouco a barra, seu próprio advogado. Achei que isso acabou sobrecarregando um pouco o nosso querido protagonista.
Deixando um pouco de lado os pontos negativos, uma coisa que achei interessante, mas que também me deixou confuso em alguns momentos, foram as idas e vindas no tempo. Eu gosto muito desse recurso em romances policiais. Acho que, quando bem empregado, tem muito a acrescentar ao suspense da trama. E o autor soube utilizar bem. Junto a isso, muitas vezes ele usou, ao invés de narrativas únicas e simultâneas de dois pontos de vistas diferentes, duas narrativas para contar a mesma cena, uma sob o ponto de vista do observador da ação, por exemplo, e outra sob o ponto de vista do(s) agente(s). Primeiro sempre vinha a ótica de quem possuia menos informação, o que fazia você não entender certas ações e ficar curioso para descobrir o porquê daquilo, que era respondido assim que a narrativa mudava de perspectiva. Bem legal.
"Thiago, mas e as reviravoltas, cadê? Todo bom romance policial deve ter pelo menos uma." Sim. Teve reviravoltas. O mistério da culpa ou inocência completa do doutor é uma máquina de estados que varia bastante ao longo do livro, e que só é inteiramente resolvido nas últimas páginas. Boa parte desse mistério é mantido devido à existência de uma testemunha que jura de pé junto que tem certeza do que viu (não vou contar se é uma testemunha de acusação ou defesa.. vá ler o livro!), e isso contraria diversas outras provas encontradas durante a inverstigação.
Resumindo... A leitura foi bem agradável. O início e o fim foram bastante empolgantes, porém, o meio deixou um pouco a desejar. A ideia do livro é boa e acho que ele atingiu minhas expectativas (tirando a minha decepção com o detetive). Não é e nem vai ser tornar um clássico da literatura policial, mas diverte.
OBS: Para quem tem curiosidade de saber o que é Knife Music (título do livro), são músicas que alguns cirurgiões gostam de colocar pra tocar enquanto operam seus pacientes.
Por que decepção? Porque, infelizmente, o detetive Hank Madden, cujas características pareciam tão interessantes para serem exploradas (ele é deficiente e sofreu abuso sexual durante a infância) foi mero coadjuvante na história. "Sim, Thiago. Ele foi coadjuvante porque o protagonista do livro é o Dr. Ted Cogan". Tá, eu sei que o doutor é o protagonista, mas achei que haveria um duelo entre eles. Um tentando provar que o outro estava errado e manter o suspense sobre a culpa ou inocência do acusado até o fim (tá, essa dúvida até que o autor conseguiu manter bem). O que ocorreu foi que só o doutor se defendeu, enquanto o veterano detetive somente o observava correr atrás de pistas e resolver o caso. Ele foi o acusado, o detetive e, forçando um pouco a barra, seu próprio advogado. Achei que isso acabou sobrecarregando um pouco o nosso querido protagonista.
Deixando um pouco de lado os pontos negativos, uma coisa que achei interessante, mas que também me deixou confuso em alguns momentos, foram as idas e vindas no tempo. Eu gosto muito desse recurso em romances policiais. Acho que, quando bem empregado, tem muito a acrescentar ao suspense da trama. E o autor soube utilizar bem. Junto a isso, muitas vezes ele usou, ao invés de narrativas únicas e simultâneas de dois pontos de vistas diferentes, duas narrativas para contar a mesma cena, uma sob o ponto de vista do observador da ação, por exemplo, e outra sob o ponto de vista do(s) agente(s). Primeiro sempre vinha a ótica de quem possuia menos informação, o que fazia você não entender certas ações e ficar curioso para descobrir o porquê daquilo, que era respondido assim que a narrativa mudava de perspectiva. Bem legal.
"Thiago, mas e as reviravoltas, cadê? Todo bom romance policial deve ter pelo menos uma." Sim. Teve reviravoltas. O mistério da culpa ou inocência completa do doutor é uma máquina de estados que varia bastante ao longo do livro, e que só é inteiramente resolvido nas últimas páginas. Boa parte desse mistério é mantido devido à existência de uma testemunha que jura de pé junto que tem certeza do que viu (não vou contar se é uma testemunha de acusação ou defesa.. vá ler o livro!), e isso contraria diversas outras provas encontradas durante a inverstigação.
Resumindo... A leitura foi bem agradável. O início e o fim foram bastante empolgantes, porém, o meio deixou um pouco a desejar. A ideia do livro é boa e acho que ele atingiu minhas expectativas (tirando a minha decepção com o detetive). Não é e nem vai ser tornar um clássico da literatura policial, mas diverte.
OBS: Para quem tem curiosidade de saber o que é Knife Music (título do livro), são músicas que alguns cirurgiões gostam de colocar pra tocar enquanto operam seus pacientes.
Nota Final: 8,0
2 comentários:
Parabéns Thiago!
Aguardamos mais resenhas de livros importados.
Abraços....
Ah!, eu compraria com certeza!!
Valeu, Elvis!
O problema é minha falta de tempo para leitura.. =P
Minha próxima resenha vai ser, provavelmente, daqui a uns 6 meses.. rsrs
Abração!
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