Os Subgêneros da Literatura de Crime e Mistério
 
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Os Sonâmbulos (The Sleepwalkers)
Autor: Paul Grossman
Protagonista: Willi Kraus
Ano: 2011
Número de Páginas: 320
Editora: Rocco

Sinopse: As pernas de Marlene Dietrich eram como varinhas de condão, instrumentos finos e hipnóticos que fascinavam milhões, inclusive o detetive Willi que se esforçava por imaginar tais encantos por baixo do terno masculinizado que ela usava na inauguração da mansão de Fritz, um velho companheiro de guerra do inspetor. A mansão exalava bom gosto e ostentação, repleta de quadros de Klee e Modigliani. Mas no final de 1932 a ascensão do nazismo era inevitável, e mesmo naquela festa badalada notícias sinistras chegavam a qualquer momento. Apesar de judeu, Willi era admirado em toda Alemanha por capturar criminosos. Naquela noite, um telefonema o convoca novamente ao trabalho - o corpo de uma moça aparecera boiando em um rio. Quando a perícia descobre que as pernas da moça jogada no rio foram mutiladas, Willi percebe que não está diante de um crime comum. Baseado em fatos reais, 'Os sonâmbulos' busca ser um conto envolvente que conduz o leitor ao submundo de uma Berlim sombria e cada vez mais contaminada pelo medo.

Fatos: Paul Grossman foi um jornalista freelance por muitos anos com artigos publicados nas principais revistas como Vanity Fair e Details. Ele também é um professor de longa data em escrita e literatura na Universidade da Cidade de Nova York.

Comentários na Amazon

Média dos Votos
4.0 / 5

42 Votos
5 estrelas:
(18)
4 estrelas:
(15)
3 estrelas:
(3)
2 estrelas:
(5)
1 estrela:
(1)

Boas leituras

2 comentários:

Fabrizio Lyra disse...
28 de dezembro de 2011 às 19:25

Boa noite. Em primeiro lugar, antes de me apresentar, gostaria de parabenizar o autor desse blog pela sua criação. Em seguida, me apresento: Sou um ávido leitor que já compra e devora literatura há muito tempo e já consegui construir uma biblioteca com aproximadamente cinco mil livros. Sou apaixonado por diversas áreas do conhecimento: da literatura universal rotulada como clássica até poesia, arte e filosofia. Digo isso não para parecer um intelectual. Detesto esse rótulo e esse tipo de postura. Mas falo isso justamente pra dizer que sou apaixonado por toda a história da literatura policial, sempre abominei o preconceito contra ela e quanto a outras formas de expressão rotuladas como populares. Esse preconceito diminuiu muito ao longo dos anos, mas ainda continua forte. Os livros de mistério não são uma literatura melhor e nem pior do que qualquer outra. É a vaidade e arrogância de muitos que a coloca assim. Argumentos de que ela não passa de um mero quebra-cabeças são hoje completamente ridículos pois ela nunca foi isso. Mas deixarei esses argumentos para outra hora. No momento quero aproveitar esse espaço para deixar a cópia de uma sugestão que coloquei no blog da LP&M que me parece estar desativado. Descobri esse espaço e creio ser um dos melhores locais para colocar essa sugestão. Aí vai:

Antigamente havia muitas coleções de mistério no Brasil de autores da chamada época de ouro da literatura de mistério que vai dos anos 20 aos 40 cuja mais famosa representante é Agatha Christie. Infelizmente quase nenhum desses autores é publicado atualmente com exceção da própria Agatha Christie, Conan Doyle e Rex Stout. Dashiell Hammett e Raymond Chandler são de outra escola, a do Hard Boiled, então não levarei em consideração os nomes deles. Georges Simenon também é de outra linha, a meu ver. Gostaria muito e já pedi às editoras que esses autores do passado que fizeram a alegria de milhares e seriam descobertos com prazer pelos jovens de hoje fossem reeditados. Acredito que as traduções seriam muito melhores. Pedi por e-mail e rezo para que a L&PM os publique. Nomes como Edgar Wallace, Ellery Queen, John Dickson Carr (amaria que publicassem todos os livros dele, pois ele foi um dos maiores!), Margery Allingham, Ngaio Marsh e muitos outros. Autores que, além de fascinar os leitores até aos de nível mais intelectualizado, com seus enigmas, escreviam de forma sofisticada, com excelente caracterização de personagens, descrição de ambientes, criação de climas e muitos comentários importantes sobre a sociedade e o ser humano. Houve época em que foram vítimas de preconceito e considerados como subliteratura que apenas produzia charadas como quebra-cabeças apesar de nenhum gênero fazer tanto sucesso como o deles e, repito, lidos avidamente até mesmo pelos leitores mais eruditos. Hoje, esses autores são respeitados e estudados com a mesma seriedade por pessoas intelectualmente muito preparadas da mesma forma que qualquer autor de outro gênero literário como atestam os muitos livros, teses e textos na internet sobre os autores da era de ouro do mistério no mais clássico sentido do termo. Esses autores precisam urgentemente de novas e sérias traduções e o cuidado editorial que não tiveram muitas vezes no passado. Além dos já citados, coloco S.S. Van Dine (criou regras preconceituosas em relação ao gênero que ele tanto ajudou a popularizar, mas basta uma lida em seus livros pra ver o seu alto nível de sofisticação), R.Austin Freeman, Freeman Wills Crofts, Mignon G. Eberhart, Erle Stanley Gardner, Christianna Brand e, outros que, no momento, não me vêem a mente, mas colocarei aqui oportunamente. O sucesso será imenso. Abraços e obrigado!

Fabrizio Lyra disse...
28 de dezembro de 2011 às 23:37

Uma correção: eu sei que Conan Doyle não pertence ao período da era de ouro que citei: dos anos 20 aos 40, apesar dele ter publicado estórias de mistério nos anos 20. Mas quase todos os autores desse período de uma ou outra forma foram influenciados por ele e na minha relação abarco também os autores anteriores aos anos 20 e os dos anos 50 também. Claro que existem várias diferenças de estilo, visão de mundo e temperamento entre eles, mas depois comentarei isso. A partir dessa época, creio que os autores começam a se afastar cada vez mais das características desse período, embora alguns escritores a sigam até hoje. Lembrando, como já disse, que vários autores policiais que escreveram nessa mesma época adotaram uma linha completamente diferente como Hammett e Chandler(na minha opinião, um excelente escritor, mas um arrogante e preconceituoso critico dos autores dessa chamada época de ouro do mistério. Não é por acaso que ele detestava sua representante mais famosa: Agatha Christie)

Abraços!

Postar um comentário

Deixe seu comentário!!

Related Posts with Thumbnails